quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A intolerância na sociedade




A sociedade está cada mais intolerante. A falta de respeito ao próximo e aos valores de uma relação humana estão aparecendo cada vez mais e deixando grandes marcas na vida e na história de muita gente.
A imagem acima mostra uma pichação feita em um muro de escola de educação infantil, no bairro do Limão em São Paulo. A diretora, Cibele Racy, conta em entrevista ao site Em Movimento, que a pichação é uma reação às ações afirmativas, pela igualdade racial, desenvolvida desde o início do ano entre os alunos. A escola estava com um projeto sobre a cultura da África, e todas as atividades da escola estavam voltadas a isso: festa junina com temas africanos, trabalhos com musicas e instrumentos africanos, passeata no dia na consciência negra com pais e alunos. Diz a diretora que os pais estavam gostando muito da iniciativa, mas que acredita que tocar em uma ferida como as questões étnicas, traz também a reação daqueles que não conseguem respeitar o outro como um cidadão pertencente aos mesmos direitos.
Na frase: ”Vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas”, e com o símbolo da suástica, é possível ver um preconceito relativo às questões étnicas e culturais, onde se declara que só as crianças brancas têm direito a um futuro e a uma educação.
Essas concepções de pureza na raça, onde só os brancos são valorizados, trouxeram muitas guerras e mortes. Para defender suas ideias os fascistas utilizavam-se e ainda utilizam-se da violência física e moral. Para esse grupo, só os brancos são considerados homens valentes e merecedores do poder. Negros, índios, judeus, pacifistas e defensores da não violência são odiados, e por muitas vezes vitimas dos ataques.
Se continuarmos assim, o medo e as revoltas vão dominar a sociedade cada vez mais, e logo não se poderá sair de casa. É preciso compreender que somos todos seres humanos, todos temos parte na Declaração dos Direitos Humanos, temos os mesmos direitos. Não há melhor capacidade definida pela cor, raça, origem, cultura, religião ou qualquer outra classificação. Cada um de nós tem particularidades, individualidades, valores morais e espirituais que são próprios de cada um, e essas diferenças devem ser respeitadas. O egoísmo tem tomado conta de nossos dias, e já não enxergamos mais o outro com amor, vemos o outro sempre como um inimigo que temos que vencer, isso vem de outro fator que é a competição causada pelo sistema capitalista, onde um sempre tem que superar o outro para alcançar o ‘status’.
Como futura educadora, coloco minha esperança na minha prática e nas práticas dos meus colegas de pedagogia, pois acredito em uma educação que não coloque em
relevância o poder de alguns povos e menospreze a cultura e a vida de outros. A iniciativa dessa escola onde o muro foi pichado foi de extrema importância, e já é um começo para a mudança. É claro que haverá reações, mas se olharmos na história de toda a sociedade vemos que não houve vitória de uma classe social sem reações contrárias. Essas reações devem servir como o “gás” para que continuemos a trabalhar mais e mais nesse objetivo, pois se estamos incomodando é porque estamos conseguir tocar as pessoas.
Um artigo publicado na internet sobre a intolerância diz: “Não há como construir uma sociedade democrática e justa para todos, se nossos conceitos tiverem como parâmetro estrutural a intolerância. E a educação é o esteio capaz de assegurar que os educandos de hoje sejam os cidadãos fraternos e progressistas do amanhã”.
Cabe a nós, futuros educadores, formar esses cidadãos fraternos e progressistas, no intuito de amenizar essa intolerância e esse desrespeito ao outro. Não é uma tarefa fácil e sim uma caminhada árdua, com muitos obstáculos, mas se nós nunca começarmos, nunca teremos a esperança de um dia alcançarmos.
                                                Thalita Jenifer de Melo


Referencias:
Imagem - http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/10/muro-de-escola-na-zona-norte-de-sp-e-pichado-com-frase-racista.html
Entrevista - disponível em: http://www.dmptsp.org.br/news/1208-crime-racial-pichacao-em-emei-pode-ser-reacao-a-projeto-pedagogico.html. Acessado em: 27 de outubro de 2011 ás 9h00
Citação de artigo - Artigo publicado na Revista Bula e no portal da Associação dos Professores de São Paulo. Antônio Carlos dos Santos - criador da metodologia de Planejamento Estratégico Quasar K+ e da tecnologia de produção de Teatro Popular de Bonecos Mané Beiçudo. acs@ueg.br. Disponivel em: http://culturaeducacao.blogspot.com/2007/09/intolerncia-racial-e-social.html


Texto para Reflexão: Quando é o outro
Quando o outro não faz é preguiçoso.
Quando você não faz... está muito ocupado.
Quando o outro fala é intrigante.
Quando você o fala... é crítica construtiva.
Quando o outro se decide a favor de um ponto, é "cabeça dura".
Quando você o faz... está sendo firme.
Quando o outro não cumprimenta, é mascarado.
Quando você passa sem cumprimentar... é apenas distração.
Quando o outro fala sobre si mesmo, é egoísta.
Quando você fala... é porque precisa desabafar.
Quando o outro se esforça para ser agradável, tem uma segunda intenção.
Quando você age assim... é gentil.
Quando o outro encara os dois lados do problema, está sendo fraco.
Quando você o faz... está sendo compreensivo.
Quando o outro faz alguma coisa sem ordem, está se excedendo.
Quando você faz... é iniciativa.
Quando o outro progride, teve oportunidade.
Quando você progride... é fruto de muito trabalho.
Quando o outro luta por seus direitos, é teimoso.
Quando você o faz... é prova de caráter.
Disponível em: http://salvemaria.sites.uol.com.br/eskisito.htm

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