terça-feira, 25 de outubro de 2011

AS PRIMEIRAS INDÚSTRIAS DO BRASIL

           Visando o desvalorização do trabalhador urbano ou rural, que não é detendor dos meios de produção e tem como única mercadoria de venda sua força de trabalho, falaremos um pouco sobre as primeiras industrias do Brasil.
 O ser humano não era valorizado em suas potencialidades, apenas vistos como maquinas que serviam para o trabalho, e para gerar lucros, conhecermos sobre as primeiras industrias nos faz pensarmos nas relações de trabalho que viviamos no século XVIII e nas relações que nos são estabelecidas hoje, para que ao entendermos um pouco da história, busquemos melhorias para o trabalhador e que o mesmo seja valorizado e lute pelos seus direitos.


          Diante disto podemos dizer que a industrialização no Brasil, se deu em quatro importantes períodos:
            O primeiro período foi de (1500 - 1808) onde toda a atividade industrial partia da fabricação de fiação, calçados e vasilhames pertencentes a um pequeno grupo de comerciantes portugueses; Na metade do século XVIII algumas indústrias começaram a crescer como a do mármore e a têxtil, até que em 1785 a manufatura têxtil foi extinta pelo alvará, permitindo apenas a produção dos tecidos de algodão que eram usadas pelos escravos e trabalhadores.

 ilustração  de uma fábrica de sapatos.  Disponível em http://www.nrfacil.com.br/blog/?p=2220
acesso em 25 de Outubro de 2011

            A chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 marca o segundo período (1808 - 1930), onde muitas mudanças ocorreram e a principal delas foi a suspensão da proibição ás manufaturas, criando condição para o crescimento das indústrias, fundando as fábricas de fiação e tecelagem de algodão, dando origem ao primeiro centro têxtil fundado no centro da Bahia, mas isso não foi o suficiente para o fortalecimento do desenvolvimento industrial  , em razão de haver muitos escravos e poucos trabalhadores assalariados, além dos grandes cultivadores de café ainda não estarem interessados em investir na indústria.

        Em 1850, o tráfico de escravos entre os continentes, foi proibido depois que a Lei Eusébio de Queirós  foi assinado, o que obrigou a cafeicultura a importar uma  grande quantidade de imigrantes, criando assim a primeira mão de obra assalariada do Brasil, criando um mercado consumidor fundamental para o desenvolvimento industrial.

            A revolução Industrial se deu em 1930 com Getúlio Vargas quando a adotar uma política industrializante trocou a mão de obra imigrante pela nacional fortalecendo os movimentos migratórios nordestinos que se deu nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Vargas também investiu na indústria de base e energia criando em 1938 o conselho nacional de petróleo, a companhia Siderúrgica Nacional em 1941, a Companhia Vale do Rio Doce em 1943, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco em 1945. 
             O aumento da população urbana se deu com a migração das pessoas do campo para a cidade, aumentando também o mercado consumidor. 

           Como conseqüência da Segunda Guerra Mundial, as importações sofreram redução da taxa, favorecendo o desenvolvimento industrial. Ao final da Segunda Guerra, o Brasil percebeu a necessidade de fabricar os próprios bens de capital, criando assim uma indústria de autopeças.
            O Quarto e último período (1956 a diante) foi marcado pela produção de aço no Brasil, criando a Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda que serviu de matriz para vários outros tipos indústria no país. Porem alguns problemas surgiram no ano de 1950, dificultando mais um aves o desenvolvimento industrial, entre eles:  a falta de energia elétrica, a baixa produção de petróleo e rede de transporte e comunicação deficientes.
            Para solucionar os problemas, o presidente Vargas inaugura a  Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso e cria a Petrobras.
Com o aumento da produção de petróleo e da potência da energia elétrica, se desenvolveu a  indústria ferroviária no Brasil.

              Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos . JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro. 

            Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil continuou a crescer, mesmo tendo uma diminuição nas crises econômicas. Atualmente o Brasil tem uma boa base industrial, produz vários produtos como por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a indústria no Brasil ainda é depende de alguns setores como por exemplo , tecnologia externa , informática  .
                                                    Claudinéia Alves da Costa


Referência :   http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_industrializa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil




Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo.

Disponível em : pt.wikipedia.org
Acesso em : Outubro de 2011






Máquina a vapor ultilizada nas minas de carvão 
Disponível em : ohistoriador.com.br 
Acesso em : Outubro de 2011

A tinta vermelha: discurso de Slavoj Žižek aos manifestantes do movimento Occupy Wall Street

 Slavoj Žižek visitou a Liberty Plaza, em Nova Iorque, para falar ao acampamento de manifestantes do movimento Occupy Wall Street (Ocupe Wall Street), que vem protestando contra a crise financeira e o poder econômico norte-americano desde o início de setembro deste ano.

O filósofo nos enviou a íntegra de seu discurso para publicarmos em nosso Blog, que segue abaixo em tradução de Rogério Bettoni. Caso deseje ler a versão original em inglês, está disponível no site da Verso Books (assim como outros comentários de filósofos e cientistas sociais sobre o movimento Occupy Wall Street).
***
Não se apaixonem por si mesmos, nem pelo momento agradável que estamos tendo aqui. Carnavais custam muito pouco – o verdadeiro teste de seu valor é o que permanece no dia seguinte, ou a maneira como nossa vida normal e cotidiana será modificada. Apaixone-se pelo trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim. Nossa mensagem básica é: o tabu já foi rompido, não vivemos no melhor mundo possível, temos a permissão e a obrigação de pensar em alternativas. Há um longo caminho pela frente, e em pouco tempo teremos de enfrentar questões realmente difíceis – questões não sobre aquilo que não queremos, mas sobre aquilo que QUEREMOS. Qual organização social pode substituir o capitalismo vigente? De quais tipos de líderes nós precisamos? As alternativas do século XX obviamente não servem.
Então não culpe o povo e suas atitudes: o problema não é a corrupção ou a ganância, mas o sistema que nos incita a sermos corruptos. A solução não é o lema “Main Street, not Wall Street”, mas sim mudar o sistema em que a Main Street não funciona sem o Wall Street. Tenham cuidado não só com os inimigos, mas também com falsos amigos que fingem nos apoiar e já fazem de tudo para diluir nosso protesto. Da mesma maneira que compramos café sem cafeína, cerveja sem álcool e sorvete sem gordura, eles tentarão transformar isto aqui em um protesto moral inofensivo. Mas a razão de estarmos reunidos é o fato de já termos tido o bastante de um mundo onde reciclar latas de Coca-Cola, dar alguns dólares para a caridade ou comprar um cappuccino da Starbucks que tem 1% da renda revertida para problemas do Terceiro Mundo é o suficiente para nos fazer sentir bem. Depois de terceirizar o trabalho, depois de terceirizar a tortura, depois que as agências matrimoniais começaram a terceirizar até nossos encontros, é que percebemos que, há muito tempo, também permitimos que nossos engajamentos políticos sejam terceirizados – mas agora nós os queremos de volta.
Dirão que somos “não americanos”. Mas quando fundamentalistas conservadores nos disserem que os Estados Unidos são uma nação cristã, lembrem-se do que é o Cristianismo: o Espírito Santo, a comunidade livre e igualitária de fiéis unidos pelo amor. Nós, aqui, somos o Espírito Santo, enquanto em Wall Street eles são pagãos que adoram falsos ídolos.
Dirão que somos violentos, que nossa linguagem é violenta, referindo-se à ocupação e assim por diante. Sim, somos violentos, mas somente no mesmo sentido em que Mahatma Gandhi foi violento. Somos violentos porque queremos dar um basta no modo como as coisas andam – mas o que significa essa violência puramente simbólica quando comparada à violência necessária para sustentar o funcionamento constante do sistema capitalista global?
Seremos chamados de perdedores – mas os verdadeiros perdedores não estariam lá em Wall Street, os que se safaram com a ajuda de centenas de bilhões do nosso dinheiro? Vocês são chamados de socialistas, mas nos Estados Unidos já existe o socialismo para os ricos. Eles dirão que vocês não respeitam a propriedade privada, mas as especulações de Wall Street que levaram à queda de 2008 foram mais responsáveis pela extinção de propriedades privadas obtidas a duras penas do que se estivéssemos destruindo-as agora, dia e noite – pense nas centenas de casas hipotecadas…
Nós não somos comunistas, se o comunismo significa o sistema que merecidamente entrou em colapso em 1990 – e lembrem-se de que os comunistas que ainda detêm o poder atualmente governam o mais implacável dos capitalismos (na China). O sucesso do capitalismo chinês liderado pelo comunismo é um sinal abominável de que o casamento entre o capitalismo e a democracia está próximo do divórcio. Nós somos comunistas em um sentido apenas: nós nos importamos com os bens comuns – os da natureza, do conhecimento – que estão ameaçados pelo sistema.
Eles dirão que vocês estão sonhando, mas os verdadeiros sonhadores são os que pensam que as coisas podem continuar sendo o que são por um tempo indefinido, assim como ocorre com as mudanças cosméticas. Nós não estamos sonhando; nós acordamos de um sonho que está se transformando em pesadelo. Não estamos destruindo nada; somos apenas testemunhas de como o sistema está gradualmente destruindo a si próprio. Todos nós conhecemos a cena clássica dos desenhos animados: o gato chega à beira do precipício e continua caminhando, ignorando o fato de que não há chão sob suas patas; ele só começa a cair quando olha para baixo e vê o abismo. O que estamos fazendo é simplesmente levar os que estão no poder a olhar para baixo…
Então, a mudança é realmente possível? Hoje, o possível e o impossível são dispostos de maneira estranha. Nos domínios da liberdade pessoal e da tecnologia científica, o impossível está se tornando cada vez mais possível (ou pelo menos é o que nos dizem): “nada é impossível”, podemos ter sexo em suas mais perversas variações; arquivos inteiros de músicas, filmes e seriados de TV estão disponíveis para download; a viagem espacial está à venda para quem tiver dinheiro; podemos melhorar nossas habilidades físicas e psíquicas por meio de intervenções no genoma, e até mesmo realizar o sonho tecnognóstico de atingir a imortalidade transformando nossa identidade em um programa de computador. Por outro lado, no domínio das relações econômicas e sociais, somos bombardeados o tempo todo por um discurso do “você não pode” se envolver em atos políticos coletivos (que necessariamente terminam no terror totalitário), ou aderir ao antigo Estado de bem-estar social (ele nos transforma em não competitivos e leva à crise econômica), ou se isolar do mercado global etc. Quando medidas de austeridade são impostas, dizem-nos repetidas vezes que se trata apenas do que tem de ser feito. Quem sabe não chegou a hora de inverter as coordenadas do que é possível e impossível? Quem sabe não podemos ter mais solidariedade e assistência médica, já que não somos imortais?
Em meados de abril de 2011, a mídia revelou que o governo chinês havia proibido a exibição, em cinemas e na TV, de filmes que falassem de viagens no tempo e histórias paralelas, argumentando que elas trazem frivolidade para questões históricas sérias – até mesmo a fuga fictícia para uma realidade alternativa é considerada perigosa demais. Nós, do mundo Ocidental liberal, não precisamos de uma proibição tão explícita: a ideologia exerce poder material suficiente para evitar que narrativas históricas alternativas sejam interpretadas com o mínimo de seriedade. Para nós é fácil imaginar o fim do mundo – vide os inúmeros filmes apocalípticos –, mas não o fim do capitalismo.
Em uma velha piada da antiga República Democrática Alemã, um trabalhador alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que todas as suas correspondências serão lidas pelos censores, ele diz para os amigos: “Vamos combinar um código: se vocês receberem uma carta minha escrita com tinta azul, ela é verdadeira; se a tinta for vermelha, é falsa”. Depois de um mês, os amigos receberam a primeira carta, escrita em azul: “Tudo é uma maravilha por aqui: os estoques estão cheios, a comida é abundante, os apartamentos são amplos e aquecidos, os cinemas exibem filmes ocidentais, há mulheres lindas prontas para um romance – a única coisa que não temos é tinta vermelha.” E essa situação, não é a mesma que vivemos até hoje? Temos toda a liberdade que desejamos – a única coisa que falta é a “tinta vermelha”: nós nos “sentimos livres” porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade. O que a falta de tinta vermelha significa é que, hoje, todos os principais termos que usamos para designar o conflito atual – “guerra ao terror”, “democracia e liberdade”, “direitos humanos” etc. etc. – são termos FALSOS que mistificam nossa percepção da situação em vez de permitir que pensemos nela. Você, que está aqui presente, está dando a todos nós tinta vermelha.

Disponível em: http://boitempoeditorial.wordpress.com/2011/10/11/a-tinta-vermelha-discurso-de-slavoj-zizek-aos-manifestantes-do-movimento-occupy-wall-street/

Acessado em: 25 de outubro de 2011 ÀS 09:44
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Esse discurso foi realizado em Nova Iorque, mas trago nos meus comentários uma reflexão como se eu me sentisse parte deste povo alienado, pois acredito que essas considerações contidas no discurso se encaixam muito bem na situação que vivemos no Brasil, que também é um país regido pelo capitalismo.
O discurso faz critica ao sistema capitalista, que vem corrompendo a sociedade, e fazendo com que uns se virem contra o outro ao acreditar que a ganancia está na pessoa.
Não se percebe que o capitalismo traz duras consequências para a vida em sociedade, e que o ser humano não é considerado pelo que é, mas pelo que tem e o que conquista.
A sociedade esta cada vez menos sensível a problemas como a desigualdade social, pois foi lhes idealizado que qualquer esmola para os mais pobres já é a boa ação que te faz sentir melhor. É a desvalorização do homem como sujeito transformador da sociedade.
O home é visto como peça de uma máquina, e a máquina – o capitalismo – é quem está gerenciando a economia, e as relações humanas.
Outra critica posta no discurso é das possibilidades e impossibilidades que o sistema capitalismo oferece. Com o avanço de novas tecnologias cada vez se pode mais, compramos sempre coisas de ultimas gerações, nos modificamos com facilidade e tudo está ao nosso alcance, em contrapartida, cada vez mais nos distanciam da politica e dos nossos direitos, pois ao iludirem com coisas materiais conseguem alienar da situação vivida nas escolas, hospitais, policiamento. Fazem com que nós nos preocupamos somente com coisas supérfluas, e deixemos de lado o que realmente importa a dignidade humana.
Todo o discurso é uma critica pesada ao sistema capitalismo, e que me fez refletir sobre coisas que eu nunca tinha parado pra pensar, como a evolução da tecnologia gradativamente, e que muitas vezes me preocupo mais com a compra de um celular novo, do que com a crise vivida na educação. E uma frase que ficou cravada em mim, foi: “Temos toda a liberdade que desejamos,  a única coisa que falta é nós nos “sentimos livres” porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade.”
Thalita Jenifer

TRABALHO INFANTIL

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.(BRASIL, 1990)


A legislação brasileira garante a todas as crianças, sem exceção, o direito de liberdade, respeito e dignidade, garante ainda proteção de toda e qualquer forma de situações constrangedoras e de risco, mas a realidade vivida por muitas crianças no Brasil é bem diferente.
IMAGEM 1
 A exploração do trabalho infantil tem sido um problema por vezes esquecido, e que muitas vezes nem nos comove mais. Quantas vezes paramos em um semáforo e vemos uma criança pedindo dinheiro ou vendendo doces e balas, e não nos sensibilizamos com essa cena? Crianças que deveriam estar estudando e brincando, mas que estão perdendo a sua infância nas ruas.
IMAGEM 2
A situação que leva essas crianças as ruas são as mais diversas, mas a principal é a falta de renda familiar. São famílias pobres, com muitos membros, e por vezes os pais não têm oportunidade de trabalhar, e não lhes são oferecido à mínima condição digna para se viver. Restam-lhes colocar as crianças para trabalhar.
Mas que futuro esperar de uma criança que não teve infância, sempre trabalhou exaustivamente, e nunca foi  escola, ou passou pouco tempo dentro de uma?
É facil julgá-los quando já estão como réus, sentados na frente de um juiz, esperando uma sentença. É preciso lutar enquanto essas crianças ainda tem esperança, enquanto elas ainda sonham em brincar.

THALITA JENIFER DE MELO


Video PALAVRA CANTADA - CRIANÇA NÃO TRABALHA
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=u9aa7FqMcRU
Acessado em: 25 de outubro de 2011 às 9h00




REFERENCIAS:
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Cortez, 1990. 181p.
Imagem 1 -http://brunoeefgustavobarroso.blogspot.com/2011/04/exploracao-do-trabalho-infantil_28.html
Imagem 2 - http://brunoeefgustavobarroso.blogspot.com/2011/04/exploracao-do-trabalho-infantil_28.html

domingo, 23 de outubro de 2011

Occupy Wall Street

O movimento Occupy Wall Street, tem por objetivos ocupar o setor financeiro de Nova York e de outras partes do mundo, para que as pessoas possam lutar contra as desigualdades sociais, a ganancia empresarial e o sistema capitalista. Dessa forma pensarmos em como o lucro passou a dominar as nossas vidas; onde queremos a todo momento estar acima das pessoas, não importa se, com a melhor roupa, o melhor sapato, a bolsa mais cara enfim, estamos em uma sociedade que está acima das próprias pessoas e do valor que elas tem.
A foto acima representando uma das publicidades feitas para o Occupy Wall Street, demostra muito bem isto, pois nos deparamos com o touro representando o mercado, o poder, a força , a racionalidade, algo sedutor de certa forma, e a bailarina  representando a humanidade, algo que deveria estar acima do mercado, e de tudo o que ele nos proporciona.
                                                                                     Glenda Santana

Racismo é burrice


Esse video de Gabriel o Pensador, nos mostra o racismo que o povo brasileiro tem.
As pessoas que praticam tais preconceitos muitas vezes se esquecem  de suas reais origens, visto que o povo brasileiro é uma mistura de raças e etnias.
Por vezes a beleza dos povos negros, indigenas, amarelos, mestiços, brancos, não são vistas pois apenas nos atentamos a encontrar defeitos na cor, no cabelo, no modo de falar, na religião, enfim ambos são os meios que encontramos de tornar o outro um ser insignificante na sociedade.
Abolir com tais práticas requer mudanças no nosso falar, no nosso agir, em nosso carater, pensar no proximo como nosso semelhante não é fácil, mas tambem não é impossivel, a partir do momento que amamos ao nosso proximo como a nós mesmos deixamos que pre-conceitos façam parte de nossas relações sociais, e começamos a pensar em uma sociedade mais igualitaria e menos injusta.
                                                                                 Glenda Santana

Repensando às praticas ao ensino da geográfia


Na obra “O espaço geográfico ensino e representação” vemos a importância da concepção da noção de espaço; visto que esta começa a construir-se antes da escolarização.
Com isto cabe a escola priorizar a aprendizagem da geografia voltada para a compreensão das formas em que a sociedade organiza seus espaços.
As autoras ressaltam que os professores de 1º grau estão mal preparados para o ensino da geografia, visto que em suas formações não tiveram nada que os habilitasse à levar seus alunos a pensarem e dominarem os conceitos espaciais; por isso a preocupação deste livro é fazer com que os leitores realizem um desenvolvimento no sentido geográfico.
Baseadas na Proposta Curricular para o Ensino de Geografia, as autoras mostram que o trabalho da geografia com relação à orientação, localização e representação deve partir do espaço próximo para o distante, levando os alunos a pensarem primeiramente naqueles espaços que estão ao seu redor, como suas casas, vizinhanças, e até mesmo o seu próprio corpo.
Quando o professor orienta seus alunos à representação do espaço através de mapas isso permite que, se construa uma nova organização em sua concepção de espaço.
A principio muitas vezes em nossas aprendizagens de geografia nos foi mostrado a leitura de mapas, servindo apenas para nós localizarmos rios, cidades ou estradas, porem o que nos cabe como educadores é abranger a leitura de mapas, sendo estes utilizados como modelos de comunicação, pois é uma representação codificada de um determinado espaço real, esta é a visão que devemos construir em nossos alunos, abrangermos o estudo da geografia, e mostrarmos o quão fascinante ela é.
 Abrangermos de forma a falarmos que os mapas não foram introduzidos e produzidos pela sociedade moderna, mas sim, mostrarmos que suas primeiras utilizações estão datadas da época dos homens das cavernas, que serviam para expressar seus deslocamentos para outras regiões e também para registrarem suas caças, as matas e rios existentes no ambiente; porem para este mapas eram utilizados símbolos iconográficos que visavam melhorar a sobrevivência dos homens.Naquela época os mapas eram topológicos onde não haviam as legendas.
A importância de lermos um mapa está relacionada à compreensão da distribuição e organização dos espaços, e também em nos informarmos e utilizarmos este modelo para que tenhamos uma visão de conjunto, sem nos esquecermos que a principio as pessoas que possuíam acesso aos mapas eram aqueles detentores de poder, ou seja um mapa é mais que um simples instrumento de localização, pois se pensarmos a fundo ele pode ser um meio de adquirirmos poder sobre determinada região ou povos.
Para Yves Lacoste ler um mapa vai alem, requer conhecer o seu próprio espaço, no qual a geografia e a cartografia se detêm de um conhecimento estratégico, que permite às pessoas conhecerem o espaço e sua representação e com isso poderem organizar e dominar este espaço.
Para se ler um mapa precisamos nos utilizar de algumas etapas das quais constam: ler o titulo, observar a legenda, realizar a leitura dos significantes/significados, e refletir sobre a distribuição/organização, há também que se observar a escala gráfica ou numérica, para que assim possamos estabelecer comparações ou interpretações.
Já Piaget nos apresenta sua teoria na qual a criança na idade do pensamento concreto, necessita agir, pois dessa  forma conseguirá construir conceitos e edificar seus conhecimentos, com isso Piaget sugere aos professores que levem os alunos a elaborarem mapas, para que assim se tornem leitores eficazes.
Porem diante de todas estas teorias as industrias ao se utilizarem disto acabam interpretando de maneira errônea, fazendo com que haja disponíveis no mercado, uma grande quantidade de cadernos de mapas “mudos”, para que o aluno coloque por exemplo, qual o nome da região, pintar os rios, escrever uma legenda dentre outros.
Com isto as autoras mostram uma serie de atividades que podem ser trabalhadas com as crianças no ensino da geografia, sem fazer com o ensino se torne algo estático e que não faça sentido para o aluno.
As atividades que são apresentadas no livro sevem como um norte para o professor, no sentido de levar seus alunos à refletirem e agirem sobre o espaço, servindo apenas como sugestões e não simplesmente como reprodução automática, pois o intuito é fazer com que o professore se aproprie deste ensino e o re-construa com sua classe.
O papel do professor em sala de aula é o de levar seus alunos a agirem sobre o espaço para que estes consigam chegar a um pensamento reflexivo e a compreenderem o espaço e sua organização.
                                                                                                     Glenda Santana