quarta-feira, 16 de novembro de 2011

REFLETINDO SOBRE A GEOGRAFIA

A alfabetização geográfica por vezes é confundida com o fazer leituras de mapas, decorar os nomes dos rios, estados e capitais; mas o ensino da geografia vai muito além, e requer uma reflexão sobre o “ensinar a ler o mundo”. Mas este termo não é muito comum a nós, pois tendemos a ensinar de acordo com o que nos foi ensinado na escola, que são conteúdos sistemáticos que não tem significado na vida do aluno, e torna-se uma educação que vise apenas a reprodução.
A geografia tem a função de abranger conteúdos além da sala de aula, mostrando aos alunos a leitura do espaço, da vida, do cotidiano, afim de que o aluno se torne um ser reflexivo e critico quanto a sua realidade.
Gramsci nos mostra que a prática sem a teoria tende a alienação e a repetição, e a teoria com a prática tende a contemplação e a idealização. E é por isso que nós futuros pedagogos devemos repensar o ensino buscando não sermos técnicos em pedagogia, pensando apenas na prática, nem só teóricos, devemos pensar criticamente, para que o eixo que há entre a teoria e a prática nos leve a novas teorias e novas práticas.
O ambiente escolar que iremos atuar contempla a todo o momento questões voltadas a hegemonia e a reprodução cultural, visto que as escolas são usadas para transmitir idéias culturais que são marcas da influência das classes sociais dominantes ou governantes.
O capitalismo tem sufocado as pessoas e sua cultura, tornando o cidadão em consumidor, que têm direitos somente se ele for um “bom pagador”. Cada vez mais estamos voltados aos avanços tecnológicos e as inovações que vêm surgindo, e estamos nos alienando, sem nos preocuparmos com a saúde, a educação, a política e a econômia. O capitalismo nos torna egoístas e individuais, só pensamos no bem próprio, e não no coletivo.
Mas a mudança deve vir de baixo, das camadas em massa que são as alienadas, e segundo Milton Santos essa história só mudará se essa população utilizar o seu grande potencial revolucionário.
E se a mídia e as outras fontes de informações estão a serviço do capitalismo, cabem a nós futuros professores provocar em nossos alunos a ação reflexiva, que os fará refletir sobre a realidade em que vivem. O papel do pedagogo diante dessas questões é conduzir os alunos a autonomia, educando-os para a cidadania, para a luta de seus direitos, levando-os a repensar a sua realidade, a globalização geral e os valores pelo qual estamos expostos a todo o momento.
Por: Glenda Santana e Thalita Jenifer

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